quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Câmara pede cassação de tucano

(Foto: Reprodução/Folha de S.Paulo)

Direção da casa decidiu encaminhar ao Conselho de Ética pedido para que Carlos Leréia (PSDB-GO) perca mandato por envolvimento com Cachoeira

Um dia após o encerramento dos trabalhos da CPI do Cachoeira, que terminou sem nenhum indiciamento, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu encaminhar ao Conselho de Ética da Casa um pedido de cassação do mandato de Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) por envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira. O relatório do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), feito na comissão de sindicância da Corregedoria, foi aprovado por unanimidade pelo comando da Casa.

"Leréia é amigo pessoal de Cachoeira." Porém, o envolvimento é, também, "de negócios". "A relação dele é acima da amizade, é uma relação de ganhos e intimidade que não se compatibiliza com o mandato parlamentar", disse o deputado gaúcho. Ele afirmou ver semelhanças com o caso de Demóstenes Torres (ex-DEM), cassado pelo Senado por seu envolvimento com o contraventor. "A diferença com o Demóstenes é só que o Leréia nunca mentiu sobre sua relação com o Cachoeira."

O relator do processo de Leréia observou como elementos de quebra de decoro o fato de o deputado ter avisado o contraventor sobre investigações, ser sócio dele na posse de um avião e usar um telefone celular dado por Cachoeira para tentar fugir de grampos.

O encaminhamento do pedido de cassação foi aprovado por unanimidade. Com o fim dos trabalhos no Congresso, Leréia só começará a ser processado no próximo ano. Apesar da recomendação pela cassação já constar no relatório da comissão de sindicância da Corregedoria, o Conselho de Ética poderá optar por aplicar uma pena alternativa como advertência ou suspensão. A decisão final, porém, é do plenário.

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