(Foto: Reprodução/Folha de S.Paulo)
Direção da casa decidiu encaminhar ao Conselho de Ética pedido para que Carlos Leréia (PSDB-GO) perca mandato por envolvimento com Cachoeira
"Leréia é amigo pessoal de Cachoeira." Porém, o envolvimento é, também, "de negócios". "A relação dele é acima da amizade, é uma relação de ganhos e intimidade que não se compatibiliza com o mandato parlamentar", disse o deputado gaúcho. Ele afirmou ver semelhanças com o caso de Demóstenes Torres (ex-DEM), cassado pelo Senado por seu envolvimento com o contraventor. "A diferença com o Demóstenes é só que o Leréia nunca mentiu sobre sua relação com o Cachoeira."
O relator do processo de Leréia observou como elementos de quebra de decoro o fato de o deputado ter avisado o contraventor sobre investigações, ser sócio dele na posse de um avião e usar um telefone celular dado por Cachoeira para tentar fugir de grampos.
O encaminhamento do pedido de cassação foi aprovado por unanimidade. Com o fim dos trabalhos no Congresso, Leréia só começará a ser processado no próximo ano. Apesar da recomendação pela cassação já constar no relatório da comissão de sindicância da Corregedoria, o Conselho de Ética poderá optar por aplicar uma pena alternativa como advertência ou suspensão. A decisão final, porém, é do plenário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário