A Procuradoria-Geral da República enviou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), por ter supostamente apresentado notas fiscais frias na tentativa de negar que teve despesas pessoais pagas por um lobista.
Sob segredo de Justiça, o inquérito investiga suspeitas de que o peemedebista teria utilizado notas fiscais frias para tentar comprovar que tinha renda. O escândalo, ocorrido em 2007, foi um dos pivôs da renúncia do parlamentar alagoano do comando do Senado. Este ano ele novamente é candidato ao cargo e é o favorito para ser eleito.
A informação sobre a acusação contra o senador foi confirmada pela assessoria de imprensa de Gurgel. O caso tramita no STF desde agosto de 2007. O relator do processo é o ministro Ricardo Lewandowski. Desde então, Calheiros já teve seus sigilos fiscal e bancários quebrados por ordem do Supremo.
A investigação, no entanto, estava nas mãos de Gurgel desde abril de 2011, tempo em que ele não fez mais nenhum pedido ao relator do caso. A assessoria do procurador também informou que o longo espaço de tempo, de quase dois anos, deve-se ao fato de que o inquérito tem 43 volumes e milhares de páginas, além de ele ter se dedicado no último ano, ao processo do mensalão.
Para que Calheiros se torne réu em uma ação criminal, os ministros do Supremo têm de julgar se aceitam a denúncia do Ministério Público. Não há previsão de quando o caso será analisado pelos magistrados da corte.
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