segunda-feira, 8 de julho de 2013

Porque a mídia teima em chamar a ação militar no Egito de Golpe?


Egito: o povo toma conta das ruas

Aconteceu algo no Egito que assombra qualquer político da vanguarda esquerdista no mundo. Os militares tomaram a frente das questões políticas com o argumento de defender a nação. A situação realmente já estava insustentável, pois milhares de cidadãos egípcios se concentraram no Centro da capital Cairo e de Alexandria há semanas impondo a saída do Presidente islamita Mohammed Morsi eleito democraticamente pela nação.

Qual foi a manobra dos militares? Fizeram aquilo que a população pedia, e retirou Morsi do poder e o deu ao Presidente do Judiciário. A Constituição foi rasgada e ao presidente temporário agora tem a missão de  desenvolver uma nova Constituição e marcar novas eleições. Fica claro que os militares NÃO DERAM UM GOLPE. Se tivesse dado não teriam novas eleições após a saída do novo presidente.

Entretanto, porque a mídia teima em chamar a ação dos militares egípcios de Golpe? Para que esta ação não encoraje outros militares ao redor do mundo a tomar uma atitude contra governos corruptos e fraudulentos. Principalmente aqui no Brasil! Basta lembrarmos que o Golpe de 1964 foi iniciado após o pedido manifestado nas ruas contra a imposição de uma ditadura comunista no Brasil. A diferença do que aconteceu no Brasil com o Egito é que aqui não houve qualquer intenção de convocar novas eleições, diferentemente do que vem ocorrendo no Egito.


O que os egípcios não querem é ver o seu país sendo legitimado como um Estado puramente Islâmico. Não dar espaço para a diversidade é tomar a contramão da história na terra onde a história de todos nós foi iniciada.

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