Documento com 8.405 páginas
traz informações sobre atuação de réus no esquema
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O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu (Foto Reprodução: Folha de S.Paulo)
O resumo do acórdão do
julgamento do mensalão divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aponta
o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu como o responsável pela
"organização" e pelo "controle" do esquema ilícito de
compra de apoio político do Congresso no primeiro mandato do governo Lula (2003-2006). A
Corte condenou Dirceu a 10 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção
ativa e formação de quadrilha.
"A
organização e o controle das atividades criminosas foram exercidos pelo então
ministro-chefe da Casa Civil, responsável pela articulação política e pelas
relações do Governo com os parlamentares", afirma o documento. A quadrilha
atuou do final de 2002 até junho de 2005, quando o esquema foi revelado por Roberto
Jefferson (PTB-RJ)
O documento disponibilizado aponta que três publicitários -
Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz - ofereceram a estrutura
empresarial por eles controlada para servir de "central de distribuição de
dinheiro aos parlamentares corrompidos". O esquema contou com a "participação
intensa" da diretora financeira de uma das agências de publicidade, numa
referência a Simone Vasconcelos.
O acórdão anota que nas negociações de compra de apoio político houve a
atuação do então presidente do partido que ocupava a chefia do poder Executivo
federal, o hoje deputado federal José Genoino (PT-SP), condenado a 6 anos e 11
meses de prisão. O documento diz ainda que Rogério Tolentino, advogado das
empresas de publicidade, também atuou no pagamento de vantagens indevidas a
parlamentares corrompidos.
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