Na
visita da Presidente Dilma a Espanha houve todos os protocolos a serem
cumpridos em uma visita oficial. Ela almoçou com o Rei Juan Carlos I e teve um
encontro com o chefe do governo espanhol Mariano Rajoy. Entretanto, numa
entrevista que a nossa presidente deu ao “Valor” uma curiosidade surgiu. Além
de tocar na necessidade da economia brasileira crescer acima dos 4% previstos
pelos especialistas a Presidente Dilma também ressaltou o seu desejo de pegar
todo o dinheiro do royalty petrolífero para investir na educação.
“(...)
Vamos ter também de ter um investimento em educação. Uma coisa que eu acho que
não perceberam é porque nós queremos destinar os royalties para a educação. Nós
vamos ter que fazer um esforço para persuadir... Porque não é só o Congresso
que é responsável, é toda a sociedade. Porque se não tivermos educação não
vamos longe. Eu preciso fazer isso e os próximos governantes deste país vão ter
que apostar em educação violentamente. Eu preciso fazer alfabetização na idade
certa, porque 15% das crianças de oito anos não sabem ler, não sabem escrever
um pouco, nem têm capacidade de interpretação. Temos de mudar isso, tem que ter
educação em período integral e tem que fazer educação profissional. Não estou
falando nem do programa Ciência sem Fronteira, ou de pesquisa. Nós nos propomos
a colocar todos os esforços, qualquer que seja a repartição, para a educação
até 2020”.
O
desejo da Presidente é nobre, mas muitos interesses estão em jogo. O primeiro
ponto a ser destacado é se a distribuição do royalty acontecerá. O segundo é se
o dinheiro realmente será aplicado exclusivamente à educação, pois não podemos
esquecer que o CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação ou
Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza
Financeira) nasceu para dar uma sustentação exclusiva a Saúde. Como aponta a gráfico abaixo não foi
bem isso o que ocorreu:
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