domingo, 11 de novembro de 2012

Privatizações e o PT


Quando observarmos um pouco a história do PT na oposição fica evidente que a visão do partido era inteiramente negativa em relação à privatização. Esta era vista como a encarnação do diabo para qualquer Estado. Entraram no poder e com o passar do tempo o discurso já é outro. A “privatização” deixou de ser maldição, e se tornou uma válvula de escape disfarçada. Agora o Estado disponibiliza concessões públicas para a iniciativa privada realizar os serviços. Um exemplo é o pacote de concessões de rodovias e ferrovias que totalizarão R$ 133 bilhões em investimentos nos próximos 25 anos, ou a privatização de alguns aeroportos e portos nacionais.
O Prouni está aí e muitos idolatram este programa como uma extensão do “altruísmo lulista”.  Este processo de expansão das universidades privadas pelo Estado foi intitulado por Plínio Sampaio como “uma forma que o governo achou de dar mais dinheiro a empresários”. Fica evidente que a maioria das faculdades do Prouni não preenchem as exigências pautadas pelo MEC para funcionar. Haddad, o próximo prefeito de São Paulo e antigo Ministro da Educação, trabalhou incessantemente para manter - com dinheiro público - faculdades privadas com educação de má qualidade. Como disse Aécio Neves: “as privatizações do PT saíram do armário”. Moral da história: o PT abraçou o antigo demônio e o divinizou, e assim ninguém reclama. Agora privatização só é “maldita” quando os outros fazem.

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