Quando observarmos
um pouco a história do PT na oposição fica evidente que a visão do partido era
inteiramente negativa em relação à privatização. Esta era vista como a
encarnação do diabo para qualquer Estado. Entraram no poder e com o passar do
tempo o discurso já é outro. A “privatização” deixou de ser maldição, e se
tornou uma válvula de escape disfarçada. Agora o Estado disponibiliza
concessões públicas para a iniciativa privada realizar os serviços. Um exemplo
é o pacote de concessões de rodovias e ferrovias que totalizarão R$ 133 bilhões
em investimentos nos próximos 25 anos, ou a
privatização de alguns aeroportos e portos nacionais.
O Prouni está aí e
muitos idolatram este programa como uma extensão do “altruísmo lulista”. Este processo de expansão das universidades
privadas pelo Estado foi intitulado por Plínio Sampaio como “uma forma que o
governo achou de dar mais dinheiro a empresários”. Fica evidente que a maioria
das faculdades do Prouni não preenchem as exigências pautadas pelo MEC para
funcionar. Haddad, o próximo prefeito de São Paulo e antigo Ministro da
Educação, trabalhou incessantemente para manter - com dinheiro público - faculdades
privadas com educação de má qualidade. Como disse Aécio Neves: “as
privatizações do PT saíram do armário”. Moral da história: o PT abraçou o
antigo demônio e o divinizou, e assim ninguém reclama.
Agora privatização só é “maldita” quando os outros fazem.
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